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Quando o meu lado escritor for poeta ///

 

 

 

Quando o meu lado escritor for poeta /

talvez ele brinque com as coloridas petecas /

suje as mãos

e bem mais que criativo use canetas e dezenas de teclas. //

A poesia fortalece a pigmentação da realidade das horas

e nas teses que o pensamento elabora. //

Que meu lado escritor antes de gesticular ousados trejeitos /

experimente a claridade poética do lado de fora

e curta a palpável sensibilidade experimental da vida sem demora. //

 

Quando o meu lado escritor for poeta /

que me refaça de poemas nas horas certas. //

A vida é uma linha curva /

uma linha reta /

e eu tenho pressa //

muita pressa /

porque a vida que cansa /

sobe em rampas e também é atleta. //

 

 

- Em leituras poéticas /

a retina compactua com a atração espontânea das rimas /

e o homem caminha. - //

 

Se a palavra madruga com armas e armaduras /

e sem tréguas dilaceram as precisas leituras /

a literatura se perde em fraturas. //

 

               - Em traumáticas fraturas! -

 

E a poesia no arcabouço das horas /

leal aos esteios da própria cultura /

leal ao olhar que soletra as leituras /

não madruga com o tête-à-tête das nossas posturas ante os ranços das nossas loucuras /

humana e com os pigmentos existenciais /

nos faz muito mais /

em poéticas criaturas. //

 

 

 

 

 

 

 Rosa Watrin

 

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