O homem sempre cheira à carne e sal
e tão carnal
roga os sentidos.
Caminha sobre um solo ardente
produz
canta
manobra
peca
seduz...
Voz e verbo 👀
também pensa na cruz.
Deus!
Homens paridos.
Deus!
Cruz!
Homens paridos.
Rosa Watrin
Anestesias meus Ãmpetos...💓💓
Literalmente ... Nossas horas!💙💙💙
Rosa Watrin
... Nada!
Nem
minhas vÃsceras!
Velho amigo das minhas sinapses
não abocanhe meu coração
nem minhas vÃsceras.
Vamos deixar que a aparente aragem ultrapasse
o verdadeiro afeto abraça sem detonação.
Dentre os nossos universos
ousemos discernimentos
focos
crenças...
Nunca apelos!
Nunca!
No universo feminino da escrita
existe o verso que registra na medida evolução
lógica
experiência
intuição.
A congruente liberdade visionária
a mobilidade dos engajamentos
a coerência dos esboços
pão e troco
cortes sobre a varinha de condão
espaços construtivos
e determinação.
Rosa
Watrin
Dias! ... São dias!
Apesar da persistente pandemia
as manhãs surgem vacinando os dias com
a liquidez que envolve a esperança.
Sob um ar gregário adicionado do
que lhe faz bem
o homem acorda leve
profético
em um estado tão zen!
Entre os dias e o interativo amém!
Existe luz...
Existe um divino guia que conduz!
E dias!...São dias!
Apesar da persistente pandemia.
No confronto das composições noturnas
e das mortalidades que assombram os dias
o matutino verbo vai maldizendo das
hipocrisias
que sepultam a realidade com o
veio fatal das desconexas distonias.
E os dias surgem...
Surgem ante um vÃrus inimaginável
matéria fatal
macabra
ferina
traficando o homem dentro da própria corrente sanguÃnea...
Dias bruscos!
Dias de esgrimas!
Com a pulsação dos batimentos
cardÃacos
o homem sonda a metafórica
inclusão
que multiplica um devastador itinerário
sem ter compaixão.
Dias tão...
Tão!
Dias rubros!
Literalmente inclusos...
Aquém das luzes!
Rosa Watrin
Minha poética não contém um duplo letreiro
nem o zunir das rodas dos carros sobre os atoleiros
maldizendo das barbaridades e das fracas estruturas.
Ela possui o cheiro original do látex
possui o espÃrito da lÃngua
e conhece as fronteiras das envergaduras.
- Se correr o bicho pega
se ficar o homem entrega.
Tempo de lutas em tempo sem regras. -
O verbo sempre indica o tempo da tragédia e da cúpula dos homens
o histórico navio negreiro
as casas dos puteiros
coligados de condutas...
E a vida vai fazendo um longo cruzeiro
morte
sorte
o homo sapiens de corpo inteiro.
Na avidez de um tempo zás-trás
o homem vai transitando com seus objetivos
nobres
ou cheirando a lama cinzenta dos lamaceiros.
- Um tempo arteiro
marcante
com olhos de arqueiros.-
Mesmo sem eixo e sem paradeiro
com o homem negando o grotesco
negando o direito
negando a imperfeição.
A vida segue...
Segue!
Acreditando que sorriso é calmante
e que o tempo é mutante.
Mutante!
Divinamente mutante!
Março
abril
maio de mãos dóceis
outras sufocantes.
Junho
julho
agosto
setembro
primaveras
verões entre tantos...
Natais com desejos avante.
2020...203o...2040...2060...2090...3010
(...)
ontem eu li que foi um século que um vÃrus levou
gente do mundo inteiro
abruptamente
e sem nenhuma flor. -
Li e reli!
Paulatinamente li e reli!
Era um toma lá dá cá entre as bocas
um mesquinho teor
com a filosofia barata do dedo indicador
massacrando as Américas sem o genuÃno tambor.
era a suposta lei ou dezenas de gritos
mortes
tiros
palpites mal ditos.
Era uma Era com tantas malÃcias
com a imposição das aposentadorias vitalÃcias
e verdades não ditas.
Alguns tentaram cutucar a visão crÃtica com palavras
com os pés na estrada
com a viola musicada.
abduzidos por cobras criadas forjando caçadas
alimentando uma vida roubada
ofuscando a esperança e a fé
com os ditames do nada.
Adormecidos entre as sagas...
Uma era de pragas!
Com vacinas importadas e a reverência entre os camaradas
eles sentiram na pele uma era salgada
sendo dor
sendo ferida reciclada
submetidos aos subterfúgios das pavimentações negociadas
diante dos intercâmbios das lÃnguas afiadas
politizados por CPIs hipnotizadas.
Lamaceiro...
Era escravizada!
Rosa
Watrin