Advento [primeiro domingo do advento]
Senhor meu Deus 🙏
na intimidade dos meus versos 💬
renovação 🙌
eu te peço! 🙌🙌
Rosa Watrin
Movediça!
Matematicamente /
amanheci tipo uma função quadrática /
cheia de parábolas /
e sem piedade as tendinites vão reforçando minhas curvaturas /
além de duplicarem as dores em expressões nítidas /
das fragilidades expostas dos meus tendões. //
Rosa Watrin / 2021
Nem
minhas vísceras!
Velho amigo das minhas sinapses /
não abocanhe meu coração /
nem minhas vísceras. //
Vamos deixar que a aparente aragem
ultrapasse /
o verdadeiro afeto abraça sem detonação.
//
Dentre os nossos universos /
ousemos discernimentos /
focos /
crenças...
Nunca apelos!
Nunca!
No universo feminino da escrita /
existe o verso que registra na medida
evolução /
lógica /
experiência /
intuição.
A congruente liberdade visionária /
os engajamentos /
a coerência dos esboços /
o solidário pão versus o troco /
os cortes sobre a varinha de condão /
os espaços construtivos
e a louvável determinação.
Rosa
Watrin💜
Os que te seguirão /
vão perceber que os dias são como os galopes. ///
Rosa Watrin
My
God!
Não faço das estratégias artimanhas /
e não sei cantar em inglês uma canção. //
Da imposição /
da estupidez /
só sei dizer : my God! ///
Meu
bem /
se
me quiser/
não
ouse o poder da tez /
seja
você /
verdade
/
voz
e vez. ///
Meu
bem /
amor
que casa /
lava
a roupa suja /
amor
que casa /
traduz
com um doce olhar a sensatez. ///
Meu
bem!
Da
fracionaria e diminuta pequenez /
se
não for em português /
só sei dizer: my God!
///
Rosa Watrin
A pele de meu pai
///////////////////////////////////
A decifrável pele de
meu pai /
irradiava-me de vestes. //
- E o vento lá fora sempre pedia licença. –
A pele negra de meu pai /
cativava a essência solícita dos seres. //
E o dinamismo imperativo das cores...
Petrificava-se!
Sobre o muro havia um
discreto copo d’água /
e as mágoas /
a desaguar nos rios. //
O sorriso metálico era um estado de reflexão /
chão de ondas /
vaga-lumes /
ego /
pavão. //
A pele negra de meu pai /
nunca foi um coletor de lágrimas /
era luz /
epiderme /
razões plantadas. ///
Rosa Virgínia / 4 de novembro de 2019
Meus Versos em Noite de Lua Cheia
Entre a minha lucidez e meus surtos esquizofrênicos /
vejo a mobilidade risonha do teu rosto sob a luz.
Efeitos das minhas metamorfoses /
que interferem nos prolongamentos das minhas células nervosas
com o real e as fantasias. //
Vivo noites sóbrias /
entre as psicoterapias
e as correrias dos meus dias.//
- Luto para superar as patologias /
que a vida
tragicamente reservou pra mim. – //
Ao incólume som noturno /
adoto a individualidade da noite /
olhando todos os rostos /
no perfil traçado mentalmente de ti
e trafego ... ///
Trafego misturado aos transfinitos /
não aos gritos /
porque existe o momento consciente do meu eu. //
Em noites de lua cheia /
noites lendárias ...“Vampirescas” /
uso capas pretas
e meus dentes caninos /
procuram ombros femininos /
visando morder pescoços em lugares soturnos /
não para perpetuar o meu metafórico ser /
mas /
para esquecer /
que entre o meu ente consciente e a loucura /
tu ficarias com meus versos. ///
Ilhas das
Onças,21.07.13
Rosa Watrin
O homem vive ante um dinâmico
palco ...
Tempo /
Prólogo /
Vida /
amor e arte. //
Um existente espetáculo! 💝💖💗💓💝
Rosa Watrin
💝💖💝 Também preenche-me!
O tempo que pouco a pouco desidrata-me ///
também preenche-me! 💝💖💝
Rosa Watrin/ 2021
Empíricas propostas! 👉👈
A vida altera sua rota 👀
com empíricas propostas. 👉👆👇👈
Rosa Watrin/ novembro 2021
Sob o palato
Sob o palato
Todo ato /
uma contestação.
Sob o palato /
inúmeras argumentações.
O sol //
o chão //
o homem //
a interpretação.
O Santo Nome //
o tempo das estações!
Rosa Watrin
O vazio nos faz detalhes óbvios
No
exercício do meu estado ouvinte /
e na
aprendiz leitura dos meus olhos /
faz dias
que somos escuros.
É difícil
interpretar turvos pedaços...
Entretanto
/
os
momentos que se tornam inteiros /
são
óbvios!
Apesar
do cansaço /
de
certezas te faço!
Rosa Watrin
Quando o meu lado escritor for poeta ///
Quando o meu lado escritor for poeta /
talvez ele brinque com as coloridas petecas /
suje as mãos
e bem mais que criativo use canetas e dezenas de teclas. //
A poesia fortalece a pigmentação da realidade das horas
e nas teses que o pensamento elabora. //
Que meu lado escritor antes de gesticular ousados trejeitos /
experimente a claridade poética do lado de fora
e curta a palpável sensibilidade experimental da vida sem demora. //
Quando o meu lado escritor for poeta /
que me refaça de poemas nas horas certas. //
A vida é uma linha curva /
uma linha reta /
e eu tenho pressa //
muita pressa /
porque a vida que cansa /
sobe em rampas e também é atleta. //
- Em leituras poéticas /
a retina compactua com a atração espontânea das rimas /
e o homem caminha. - //
Se a palavra madruga com armas e armaduras /
e sem tréguas dilaceram as precisas leituras /
a literatura se perde em fraturas. //
- Em traumáticas
fraturas! -
E a poesia no arcabouço das horas /
leal aos esteios da própria cultura /
leal ao olhar que soletra as leituras /
não madruga com o tête-à-tête das nossas posturas ante os ranços
das nossas loucuras /
humana e com os pigmentos existenciais /
nos faz muito mais /
em poéticas criaturas. //
Rosa Watrin