Interpretação e arranjo musical/ Joana Coutinho
Eu não
pedi a Deus minha salvação
eu pedi
a Deus a minha lucidez.
Eu não
pedi a Deus um corpo diáfano
nem a
beleza eterna da nudez
muito
menos
a intitulada
imortalidade.
Eu pedi lucidez
ante as tardes
ante as vÃvidas mornas
tardes!
Neste
tempo do inexato
não
quero ser medida em termostatos
eu
quero a longevidade da razão
o chão
o tato
o
momento exato.
Eu
também quero o aconchego do sincero abraço
nós sem
nó
sem a
tortura do impositivo nó de alguns laços.
A gustativa
papila no limiar da degustação
inteira
sã
antes
de qualquer intervenção.
Rosa Watrin