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O sentido do sol

Sobre as sacadas surgem as manhãs
o palpitante instante compõe cada morada.
Com a realidade sendo escalpelada
o desejo inovador das alvoradas
trava a docilidade dos dias
coabitando ares frios .
Com dúbias versões
o  vento desconexo cala o corpo nu
e o torço lingual
 amarga.
O delicado vaga-lume
ainda emite a sutil leitura da sua luz
e a sonora e persistente sirene
em decibéis
tenta não embargar o sentido do sol.
O que falar das madrugadas?
Sem as estatísticas dos versos
penso no amanhã.



Rosa Watrin

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