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Tudo fica igual nas manhãs de carnaval

meu rosto muda de identidade

meu corpo vive um sublime estado

tudo em mim espelha os ares reversíveis de uma cidade.

 

Todo cadência

meu semblante passeia no trânsito da inadimplência

a desagregar pedaços moldados de mim.

 

Leve e transmutado

vivo um encantado querubim

crio asas

sob confetes e purpurinas

enfatizo a beleza das transformações

a beleza visceral dos êxitos

dos direitos

sem os fatídicos preconceitos.

 

No auge

libero um mundo calado

subjugado

renegado

 proibido.

 

Aos poucos adoto os verdadeiros vieses dos sorrisos

autênticos

correspondidos.

 

No momento

             nenhum perigo!

 

             Porque tudo fica igual

                             nas manhãs de carnaval.

--

 

 

Rosa Watrin

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