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Isabelle! Isabelle!
Eu não quero uma língua fria sem a leitura do meu corpo
eu quero uma língua vital falando em meus ouvidos a discordar ou não dos
meus sentidos.
Eu não vivo a interditar os canais auditivos para suavizar os tímpanos
se existe a sóbria perfídia no ar
o poema absorve.
Se o politicamente correto foi superado por um filosófico teor
e sobre a carne permanece somente o amor.
Quem sou eu para discordar do certo ou do incerto?
Isabelle!
Se os sentidos vivem em estado de xeque
te quero sempre relendo meu corpo
inteiro
completo
em ousados alfabetos.
Rosa Watrin
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