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No tom escarlate
Adoro os ares provocantes dos mistérios
a subjetividade ampliando o sentido do belo
o mar.
Às tardes?...Venero!
- Mas convivo diretamente no mundo falante
dos homens.
–
Entre olhares antagônicos e demônios
percebo a loucura impulsiva da fome
da carne que arde
da carne que o homem devora querendo dar
nomes
sem saber o papel animal
do homem racional.
Nos relatos de alguns debates ocasionais
eu sempre falo do falo
da libidinosa energia do impulsivo falo
desacasalado.
Falo do falo que se projeta nos ralos
que rompe as magias
procria sem cria
nas noites vadias.
Eu também falo do gozo insano
um dolo
de dono pra dono.
- Com o sexo no tom escarlate
alimenta o id
sedento
monólogo da arte
vivendo à parte.-
No vazio imenso dos contraditórios
contrastes
interrupto
se parte.
Diante
da primária
ou da epopéia poética
o homem sobrevive febril no temporário tempo que resta.
Sem
um determinante horário
o
coração pulsa
o
peito aperta
um arco possante emite uma flecha
a sepultar sem apelos
a alma incompleta.
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