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 O Lar... Sob Focos!
Em nuanças o lar se mobiliza
gestos

fala
ora sala
um sofá
uma mesa
um jantar.
Paredes semiabertas...
filhos para educar
labutas a planejar
erros para decifrar.
Sobre inúmeras arestas
a vida caminha no lar
passos pra lá
passos pra cá
pai
mãe
pra todo lugar
silêncios distorcidos
afetos aquecidos.
Um lar muitas vezes parece um parente aparente
um pente sem dente
um terço
um jogo em apreços.
Para contracenar
um lar recorrente
possui pernas
corredores
dores
recessos.
Possui também um habilidoso multiplicador de desafetos
alterando sonhados projetos
sem definir
o que é lar
o que é afeto.

Perante focos
como descrever poeticamente um lar?
E se o sentido de lar for exclusivamente
um singular modo de amar!
Carinhoso
gosmento
sabores entre os dentes
doce
ardente
movente
gritando pra gente!
Similar a um defeso sem defesas
conversas na mesa
corpos bem perto
olhos fechados
sempre abertos.

Cíclico
o lar transita por um domingo amorfo
um gosto para ser reposto
beijos sobre um frio pescoço
dos janeiros ao próximo porto.
No preâmbulo a sondar o tão esperado foco
como descrever o que é um processo vivo
sem saber identificar um processo morto.
Seria mais viável para o cético
aceitar como definição de lar
além do acasalar
do verbo amar
a salutar esperança viva
congruente
totalmente solícita
estampada no rosto das crianças.

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