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Sedução e poder

Escrevo um verso bem destemido
por menores 
não deve ser lido.
Vou versar sobre a preponderante vagina
talvez nem cometa pecado
nem sei se a palavra vagina nas rimas
destina-me ter um verso condenado.
Eu lamento os patéticos que perderam
seus deleites nos momentos desejados.
Simplesmente porque a cobiçada vagina
compõe o momento e destino dos amados
no presente
no passado
ela é o fruto histórico do Éden dourado.
Sem ela
não existiria a fecundação
nem as tórridas ávidas paixões.
Cobiçada
desejada
vivencia amores
arquiva corações
anda na contramão
amenizando as secularidades das contradições.
Hoje
longe das condescendências
atualizada
destemida
preparada para as despedidas
mantém tino para equalizar as lidas.
Como um velcro
aderindo
com o dom das acolhidas
com cheiro e odores
com dores paridas
sempre será um condutor de vidas.
Nesta vida do ambicioso quinhão
sedenta
necessitada
mascarada pela mesquinhez
sorrateiramente desalinha.
Politica e volátil
ilumina cenas com purpurinas
visando propinas
nas provocantes esquinas.
Apesar das barganhas e das artimanhas
originalidade
somente nas meninas.
Em tudo ela se destina
até em rimas que a comprima
com o seu estilo loba
mulher
menina.
Vocês conhecem os poderes efetivos
da imponente e desejada vagina?
Percebi bem tarde os seus preponderantes poderes
ela convoca
seduz
envolve...
No auge... explode!
Explode em prazeres
deixando o corpo deliciosamente cansado.
Contrapondo-se a tradição de sua clássica tradução
maçã!
Não a do pecado.


Rosa Watrin

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