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Com a docilidade das locuções
o amor também faz cortes
reativo e visceralmente
presente
sobrevive em parâmetros até a
morte.
Bem distante das diminutas artimanhas
dos sentimentalismos que
travam
quem ama ... ama!
livre
dócil
sem cortes
sem holofotes.
Em seu universo movente
pragmático
literalmente o amor se renova
ardente
sublime
não testando destino.
De natureza abrupta e ao
mesmo tempo essencial
possui um valor plural
plácido
carnal
muitas vezes chamuscado por
um tempero ultra fatal
incalculavelmente desigual.
No destempero dos seus
arrojados credos
cego e substancial
o amor vive um jogo atrevido
tentando um veio normal
perante um campo abduzido.
Gigante ...
gigante e paradoxal
dopa um coração abatido
dopa todo olhar banhado pela
volúpia da libido
além do natural humano desejo
de ser querido.
Amor
...
temperos e abismos.
Rosa Watrin
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